Post by Senslyn on Jun 30, 2005 21:05:01 GMT
Ladies and Gentlemens....
Aki tah o 4º capitulo da batalha.
Espero k gostem!!!
IV
No acampamento, um silêncio mórbido encobria cada viva alma que percorria, sem pressas, os seus afazeres.
Todos lidavam com a dor da perda dos seus companheiros à sua maneira.
Uns choravam subtilmente, dizendo que tinha sido qualquer coisa trazida pelo vento, que lhes afectara a vista.
Outros não se conseguia ver expressão alguma no rosto, pareciam feitos de pedra.
Havia quem cortasse grandes troncos de árvores, para fazerem as jangadas fúnebres.
Mas todos ajudavam nos preparativos para a despedida.
Cada um tinha uma função, e todas elas giravam em torno de Fabyus e Su.
Jesus e Koresma estavam na tenda a tratar dos corpos.
Koresma juntou as melhores ervas, fazendo o melhor óleo de sempre.
Esse óleo era aplicado nos corpos, para que mais rapidamente o fogo os consumisse, levando-os assim numa viagem rápida até ao outro mundo.
Aquele tinha uma particularidade, cheirava a jasmim.
Koresma sabia que Su adorava a essência de jasmim, era aliás o único pormenor a que ela se permitia como mulher, pois ela sempre se exprimira como uma maria rapaz, o que a ajudava a integrar-se no Clan.
Os seus companheiros divertiam-se com a sua forma de ser. Sempre com grandes roupas, a esconder a sua frágil figura curvilínea e com grandes armas que a obrigavam a trabalhar o corpo de modo a puder manejá-las.
A sua ultima aquisição era uma lança com quase a sua altura. Fabyus ficara abismado com a sua determinação, por isso ofereceu-se para a treinar, dado que ele estava bem instruído no uso da lança. Isso aproximou-os de certa maneira.
Todos os dias de manha, Koresma via Fabyus ensinar-lhe um novo golpe. À noite, eles faziam uma espécie de desafio entre eles e Su mostrava a Fabyus a sua perícia. Normalmente ela conseguia achar sempre maneira de se safar, levando muitas vezes Fabyus ao chão, sendo o gozo do Clan em seguida.
Aquela miúda era deveras especial, pensou Koresma, enquanto juntava um pouco de um pó amarelado no conteúdo pastoso do seu almofariz.
Koresma conhecia pouco Fabyus. Ele era muito dado ao silêncio, alias a única pessoa com quem ele via algo que se pudesse interpretar como uma conversa decente era só mesmo com Su.
Ele suspeitava que eles de vez em quando deviam ir dar uma voltinha atrás do arbusto, mas como nunca tivera a certeza, nunca pudera ter o gosto particular de dar uns bons cascudos ao Fabyus. Eram bem matreiros nas suas escapadelas. Escolhiam sempre a altura em que ele se encontrava a saborear o seu belo vinho, algo que um bom dwarf não dispensa para acalmar o cansaço.
Koresma sorriu. Nunca mais iria ver a sua menina de cabelos louros rir à bruta só porque Hazardz tinha o costume de aparecer-lhe por trás, pegar nela ao colo e atira-la umas quantas vezes ao ar. Ela detestava que lhe fizessem isso. Mas ela parecia uma gata na sua sensualidade, era fácil os homens por vezes brincarem com seu peso inferior a eles. E era sempre Koresma que acabava por lá ir e dar um ou dois socos no estômago de Hazardz até ele a largar, fazendo Su correr de seguida a aninhar nos seus braços.
Mas isso já fazia muito tempo, no tempo em que ela era mais novinha. Agora já ninguém lhe fazia isso, pois arriscava-se a no mínimo a sair com uma quantas unhas cravadas no rosto ou em sítios menos propícios como sinal do seu descontentamento.
- “Que achas deste tecido?” – disse Hefestos.
Estava tão absorvido que nem deu pela entrada de Hefestos.
- “Tecido?!?” – grunhiu Koresma.
- “Sim, pensei em fazer um vestido ou então uma capa. Algo para pôr bonita a nossa Su. Tenho algum tecido delicado…” – disse Hefestos.
- “Se fosse noutra altura eu perguntava-te porque raio andas tu com tecido delicado. Mas enfim, se és bom a manusear a agulha, então força. Faz algo bonito para esta miúda vestir. Ela merece.” – disse Koresma.
- “Então e o Fabyus?” – perguntou Hefestos.
- “Garanto-te eu que o Fabyus não precisa de nenhum vestido! Jesus está a limpar a armadura dele, vai deixa-la brilhante, não te preocupes.” – disse Koresma
- “Vou pedir ao NiceOne para ir ao vale apanhar alguns jasmins silvestres para fazer uma pequena coroa. O cabelo dela tem de ficar bonito também.” – disse Hefestos.
- “Faz como entenderes Hefestos.” – disse Koresma encerrando a conversa.
Entretanto, Koresma ouviu um barulho súbito lá fora.
- “O Nurun já chegou?” – perguntou Koresma.
- “Que eu saiba ainda não…” – disse Hefestos.
Koresma largou o pano e precipitou-se para fora da tenda.
O que viu revoltou-lhe a alma. E não foi preciso muito tempo para se aperceber do que se estava a passar.
- “Anda cão!!! Anda lá!!! Tenho mais uns amiguinhos meus para te apresentar.” – disse BloodShark. Ele e Kaya traziam um orc literalmente ao pontapé. O pobre já não se aguentava nas pernas, praticamente vinha a rebolar.
- “BloodShark! Kaya! Que vem a ser isto?” – perguntou Sagramor, que também ele tinha sido surpreendido.
- “Encontramos este monte de merda a espiar no lado Este do nosso acampamento… Lado Este, Sagramor. Deveras propício diria eu, não?” – Kaya deu outro pontapé no orc e ele encolheu-se guinchando bem alto.
- “Chega Kaya! Modera lá a tua atitude, se faz favor! Se o matares, não nos vai servir de nada! Amarra-o e leva-o para junto da fogueira…” – disse Sagramor, impondo um pouco de ordem.
- “Ena!!! Vamos brincar ao churrasco!!! Grande ideia!” – disse sarcasticamente BloodShark, vendo o orc ficar cada vez mais aterrorizado.
- “Precisamos de saber qual a razão da sua presença por estas zonas e …. Hey! Hey! Koresma!!! Onde pensas que vais!?” – gritou Sagramor, tentando impedir Koresma de se chegar perto do orc, quando o viu sair da tenda e pegar no seu machado. – “Tem lá calma, Koresma!” – disse pondo-se na sua frente.
- “Sai da frente. Quero fazer uma quantas perguntinhas a essa besta quadrada. Prometo que não vai doer quase nada!” – disse Koresma, empurrando Sagramor, fazendo-o quase desequilibrar-se.
- “Koresma! Que diabos, pára!” – disse Sagramor, que num golpe rápido lhe tirou o machado das mãos e o atirou ao chão. – “Paras quieto e ouves-me? Não adianta nada limpar o sebo aquele reles se não lhe pudermos sacar quem é que teve mesmo por trás da morte de Fabyus… e da Su.” – ouvindo o nome de Su, Koresma parou de bracejar. – “Ou achas mesmo que foi apenas ele que os matou só porque lhe deu na real gana? Há alguém muito mais poderoso por detrás disto e para sabermos quem, ele tem de viver mais umas horas, pelo menos até o Nurun chegar.” - disse Sagramor.
- “Faz como quiseres.” – disse Koresma resignado.
Koresma empurrou Sagramor da sua frente e apanhando o seu machado do chão, apontou-o ao orc que estava no chão já quase meio inconsciente e disse:
– “E tu, meu reles verde armado em arbusto! Vais morrer, com o meu machado cravado nessa cabeça de ervilha!!! Mais tarde ou mais cedo…” – disse, cuspindo para o chão. Caminhou então pesadamente de novo para o interior da sua tenda.
Sagramor ouviu o barulho de algo pesado a quebrar-se. Koresma devia ter partido alguns dos seus potes na descarga da sua fúria.
Melhor assim.
Daria tempo para Nurun chegar e fazer-se um interrogatório justo aquele orc.
Justo… pensou.
Aquele orc, se tinha de facto sido ele, um dos culpados da morte dos seus companheiros, justo era algo que então não merecia.
- “Posso sempre tortura-lo um bocadinho, se quiseres. Conheço um ou dois feitiços que são de chorar por NÃO mais…” – disse Jesus sarcasticamente, aparecendo por trás de Sagramor.
- “Não, deixa estar. Isso não nos vai ajudar muito. Prefiro que te mantenhas atento. Não saias do seu lado e se ele então tentar alguma coisa, podes usar um desses feitiços. Mas apenas um! Nós precisamos dele!” – disse Sagramor.
- “Oh! Pronto, está bem.” – disse Jesus, caminhando na direcção de BloodShark e Kaya, que estavam a prender o orc.
- “Jinzor?” – chamou Sagramor.
- “Sim?”
- “Quais é que são as hipóteses de conseguires ler-lhe a mente?” – perguntou Sagramor.
- “Neste momento, diria que nulas. Pelo simples facto que nem ele tem consciência se está vivo ou não… Para eu entrar na mente de alguém, esse mesmo alguém tem de estar totalmente alerta ou então totalmente inconsciente.” – disse Jinzor.
- “Bem, a parte do inconsciente, não podemos dizer que não se arranjava! O Koresma quis tratar disso. Mas tu não quiseste.” – disse Noxx, juntando-se também à conversa.
- “Noxx, tu sabes muito bem que o Koresma não ponha aquele orc somente inconsciente. Temos de esperar pelo Nurun. E ponto final!” – disse Sagramor, já um pouco alterado.
Orelhas e Skrift apareceram montados nos seus striders.
- “Já conseguimos avistar o Nurun lá em baixo na encosta. Não tardará muito até cá chegar, Sagramor.” – disse Skrift.
- “Ainda bem.” – disse Sagramor.
- “Wow! Temos companhia, é? E pelo que vejo não é lá muito amigável.” – disse Skrift, enquanto desmontava o seu strider. – “BloodShark, queres ajuda?” – perguntou-lhe enquanto caminhava na sua direcção.
- “Orelhas, vai até à tenda do Koresma e conta-lhe que o Nurun, já vem a caminho.” – disse Sagramor, aproximando-se de Orelhas.
- “Hum… Pelo que posso observar, ele está a precisar de alguém que o acalme, é isso, certo?” – perguntou Orelhas.
- “Exacto! Como sempre meu amigo, um passo à minha frente.” – disse Sagramor sorrindo.
- “Bem, vamos lá amolecer um pouco o velhote. O que neste caso não estou a ver bem como… Mas tudo bem.” – disse Orelhas, desmontando o seu strider e dirigindo-se até à tenda de Koresma.
- “Olha leva-lhe uma caneca cheia!!! Pode ser que não te corte a cabeça e te deixe falar…” – gritou Noxx na direcção de Orelhas.
- “Hazardz, reúne toda a gente ao pé da fogueira. Mas certifica-te que ninguém toca no orc, incluído tu! Quando o Nurun chegar, resolvemos logo este circo de uma vez por todas.” – disse Sagramor.
- “Se o orc se portar mal, não sou senhor de mim!” – protestou Hazardz.
- “Nem tu nem ninguém.” – disse Sagramor.
Enquanto via Hazardz afastar-se, começou a pensar numa maneira de apressar a situação.
Senslyn sempre lhe dissera, que se o momento teimasse em fugir-lhe das mãos, o devia primeiro alcançar com a mente.
Decidiu pegar no seu strider e ir ter com Nurun. Deveria avisa-lo do que se estava a passar, antes de ele ali chegar.
Montando o seu strider, Sagramor virou-se para Nimue e disse:
- “Quero que fiques aqui. Se acontecer alguma coisa chama-me.”
Nimue sentou-se então na estrada, consentindo no que Sagramor lhe dissera. E viu Sagramor desaparecer no pó da estrada.
(Enjoy )
Aki tah o 4º capitulo da batalha.
Espero k gostem!!!
IV
No acampamento, um silêncio mórbido encobria cada viva alma que percorria, sem pressas, os seus afazeres.
Todos lidavam com a dor da perda dos seus companheiros à sua maneira.
Uns choravam subtilmente, dizendo que tinha sido qualquer coisa trazida pelo vento, que lhes afectara a vista.
Outros não se conseguia ver expressão alguma no rosto, pareciam feitos de pedra.
Havia quem cortasse grandes troncos de árvores, para fazerem as jangadas fúnebres.
Mas todos ajudavam nos preparativos para a despedida.
Cada um tinha uma função, e todas elas giravam em torno de Fabyus e Su.
Jesus e Koresma estavam na tenda a tratar dos corpos.
Koresma juntou as melhores ervas, fazendo o melhor óleo de sempre.
Esse óleo era aplicado nos corpos, para que mais rapidamente o fogo os consumisse, levando-os assim numa viagem rápida até ao outro mundo.
Aquele tinha uma particularidade, cheirava a jasmim.
Koresma sabia que Su adorava a essência de jasmim, era aliás o único pormenor a que ela se permitia como mulher, pois ela sempre se exprimira como uma maria rapaz, o que a ajudava a integrar-se no Clan.
Os seus companheiros divertiam-se com a sua forma de ser. Sempre com grandes roupas, a esconder a sua frágil figura curvilínea e com grandes armas que a obrigavam a trabalhar o corpo de modo a puder manejá-las.
A sua ultima aquisição era uma lança com quase a sua altura. Fabyus ficara abismado com a sua determinação, por isso ofereceu-se para a treinar, dado que ele estava bem instruído no uso da lança. Isso aproximou-os de certa maneira.
Todos os dias de manha, Koresma via Fabyus ensinar-lhe um novo golpe. À noite, eles faziam uma espécie de desafio entre eles e Su mostrava a Fabyus a sua perícia. Normalmente ela conseguia achar sempre maneira de se safar, levando muitas vezes Fabyus ao chão, sendo o gozo do Clan em seguida.
Aquela miúda era deveras especial, pensou Koresma, enquanto juntava um pouco de um pó amarelado no conteúdo pastoso do seu almofariz.
Koresma conhecia pouco Fabyus. Ele era muito dado ao silêncio, alias a única pessoa com quem ele via algo que se pudesse interpretar como uma conversa decente era só mesmo com Su.
Ele suspeitava que eles de vez em quando deviam ir dar uma voltinha atrás do arbusto, mas como nunca tivera a certeza, nunca pudera ter o gosto particular de dar uns bons cascudos ao Fabyus. Eram bem matreiros nas suas escapadelas. Escolhiam sempre a altura em que ele se encontrava a saborear o seu belo vinho, algo que um bom dwarf não dispensa para acalmar o cansaço.
Koresma sorriu. Nunca mais iria ver a sua menina de cabelos louros rir à bruta só porque Hazardz tinha o costume de aparecer-lhe por trás, pegar nela ao colo e atira-la umas quantas vezes ao ar. Ela detestava que lhe fizessem isso. Mas ela parecia uma gata na sua sensualidade, era fácil os homens por vezes brincarem com seu peso inferior a eles. E era sempre Koresma que acabava por lá ir e dar um ou dois socos no estômago de Hazardz até ele a largar, fazendo Su correr de seguida a aninhar nos seus braços.
Mas isso já fazia muito tempo, no tempo em que ela era mais novinha. Agora já ninguém lhe fazia isso, pois arriscava-se a no mínimo a sair com uma quantas unhas cravadas no rosto ou em sítios menos propícios como sinal do seu descontentamento.
- “Que achas deste tecido?” – disse Hefestos.
Estava tão absorvido que nem deu pela entrada de Hefestos.
- “Tecido?!?” – grunhiu Koresma.
- “Sim, pensei em fazer um vestido ou então uma capa. Algo para pôr bonita a nossa Su. Tenho algum tecido delicado…” – disse Hefestos.
- “Se fosse noutra altura eu perguntava-te porque raio andas tu com tecido delicado. Mas enfim, se és bom a manusear a agulha, então força. Faz algo bonito para esta miúda vestir. Ela merece.” – disse Koresma.
- “Então e o Fabyus?” – perguntou Hefestos.
- “Garanto-te eu que o Fabyus não precisa de nenhum vestido! Jesus está a limpar a armadura dele, vai deixa-la brilhante, não te preocupes.” – disse Koresma
- “Vou pedir ao NiceOne para ir ao vale apanhar alguns jasmins silvestres para fazer uma pequena coroa. O cabelo dela tem de ficar bonito também.” – disse Hefestos.
- “Faz como entenderes Hefestos.” – disse Koresma encerrando a conversa.
Entretanto, Koresma ouviu um barulho súbito lá fora.
- “O Nurun já chegou?” – perguntou Koresma.
- “Que eu saiba ainda não…” – disse Hefestos.
Koresma largou o pano e precipitou-se para fora da tenda.
O que viu revoltou-lhe a alma. E não foi preciso muito tempo para se aperceber do que se estava a passar.
- “Anda cão!!! Anda lá!!! Tenho mais uns amiguinhos meus para te apresentar.” – disse BloodShark. Ele e Kaya traziam um orc literalmente ao pontapé. O pobre já não se aguentava nas pernas, praticamente vinha a rebolar.
- “BloodShark! Kaya! Que vem a ser isto?” – perguntou Sagramor, que também ele tinha sido surpreendido.
- “Encontramos este monte de merda a espiar no lado Este do nosso acampamento… Lado Este, Sagramor. Deveras propício diria eu, não?” – Kaya deu outro pontapé no orc e ele encolheu-se guinchando bem alto.
- “Chega Kaya! Modera lá a tua atitude, se faz favor! Se o matares, não nos vai servir de nada! Amarra-o e leva-o para junto da fogueira…” – disse Sagramor, impondo um pouco de ordem.
- “Ena!!! Vamos brincar ao churrasco!!! Grande ideia!” – disse sarcasticamente BloodShark, vendo o orc ficar cada vez mais aterrorizado.
- “Precisamos de saber qual a razão da sua presença por estas zonas e …. Hey! Hey! Koresma!!! Onde pensas que vais!?” – gritou Sagramor, tentando impedir Koresma de se chegar perto do orc, quando o viu sair da tenda e pegar no seu machado. – “Tem lá calma, Koresma!” – disse pondo-se na sua frente.
- “Sai da frente. Quero fazer uma quantas perguntinhas a essa besta quadrada. Prometo que não vai doer quase nada!” – disse Koresma, empurrando Sagramor, fazendo-o quase desequilibrar-se.
- “Koresma! Que diabos, pára!” – disse Sagramor, que num golpe rápido lhe tirou o machado das mãos e o atirou ao chão. – “Paras quieto e ouves-me? Não adianta nada limpar o sebo aquele reles se não lhe pudermos sacar quem é que teve mesmo por trás da morte de Fabyus… e da Su.” – ouvindo o nome de Su, Koresma parou de bracejar. – “Ou achas mesmo que foi apenas ele que os matou só porque lhe deu na real gana? Há alguém muito mais poderoso por detrás disto e para sabermos quem, ele tem de viver mais umas horas, pelo menos até o Nurun chegar.” - disse Sagramor.
- “Faz como quiseres.” – disse Koresma resignado.
Koresma empurrou Sagramor da sua frente e apanhando o seu machado do chão, apontou-o ao orc que estava no chão já quase meio inconsciente e disse:
– “E tu, meu reles verde armado em arbusto! Vais morrer, com o meu machado cravado nessa cabeça de ervilha!!! Mais tarde ou mais cedo…” – disse, cuspindo para o chão. Caminhou então pesadamente de novo para o interior da sua tenda.
Sagramor ouviu o barulho de algo pesado a quebrar-se. Koresma devia ter partido alguns dos seus potes na descarga da sua fúria.
Melhor assim.
Daria tempo para Nurun chegar e fazer-se um interrogatório justo aquele orc.
Justo… pensou.
Aquele orc, se tinha de facto sido ele, um dos culpados da morte dos seus companheiros, justo era algo que então não merecia.
- “Posso sempre tortura-lo um bocadinho, se quiseres. Conheço um ou dois feitiços que são de chorar por NÃO mais…” – disse Jesus sarcasticamente, aparecendo por trás de Sagramor.
- “Não, deixa estar. Isso não nos vai ajudar muito. Prefiro que te mantenhas atento. Não saias do seu lado e se ele então tentar alguma coisa, podes usar um desses feitiços. Mas apenas um! Nós precisamos dele!” – disse Sagramor.
- “Oh! Pronto, está bem.” – disse Jesus, caminhando na direcção de BloodShark e Kaya, que estavam a prender o orc.
- “Jinzor?” – chamou Sagramor.
- “Sim?”
- “Quais é que são as hipóteses de conseguires ler-lhe a mente?” – perguntou Sagramor.
- “Neste momento, diria que nulas. Pelo simples facto que nem ele tem consciência se está vivo ou não… Para eu entrar na mente de alguém, esse mesmo alguém tem de estar totalmente alerta ou então totalmente inconsciente.” – disse Jinzor.
- “Bem, a parte do inconsciente, não podemos dizer que não se arranjava! O Koresma quis tratar disso. Mas tu não quiseste.” – disse Noxx, juntando-se também à conversa.
- “Noxx, tu sabes muito bem que o Koresma não ponha aquele orc somente inconsciente. Temos de esperar pelo Nurun. E ponto final!” – disse Sagramor, já um pouco alterado.
Orelhas e Skrift apareceram montados nos seus striders.
- “Já conseguimos avistar o Nurun lá em baixo na encosta. Não tardará muito até cá chegar, Sagramor.” – disse Skrift.
- “Ainda bem.” – disse Sagramor.
- “Wow! Temos companhia, é? E pelo que vejo não é lá muito amigável.” – disse Skrift, enquanto desmontava o seu strider. – “BloodShark, queres ajuda?” – perguntou-lhe enquanto caminhava na sua direcção.
- “Orelhas, vai até à tenda do Koresma e conta-lhe que o Nurun, já vem a caminho.” – disse Sagramor, aproximando-se de Orelhas.
- “Hum… Pelo que posso observar, ele está a precisar de alguém que o acalme, é isso, certo?” – perguntou Orelhas.
- “Exacto! Como sempre meu amigo, um passo à minha frente.” – disse Sagramor sorrindo.
- “Bem, vamos lá amolecer um pouco o velhote. O que neste caso não estou a ver bem como… Mas tudo bem.” – disse Orelhas, desmontando o seu strider e dirigindo-se até à tenda de Koresma.
- “Olha leva-lhe uma caneca cheia!!! Pode ser que não te corte a cabeça e te deixe falar…” – gritou Noxx na direcção de Orelhas.
- “Hazardz, reúne toda a gente ao pé da fogueira. Mas certifica-te que ninguém toca no orc, incluído tu! Quando o Nurun chegar, resolvemos logo este circo de uma vez por todas.” – disse Sagramor.
- “Se o orc se portar mal, não sou senhor de mim!” – protestou Hazardz.
- “Nem tu nem ninguém.” – disse Sagramor.
Enquanto via Hazardz afastar-se, começou a pensar numa maneira de apressar a situação.
Senslyn sempre lhe dissera, que se o momento teimasse em fugir-lhe das mãos, o devia primeiro alcançar com a mente.
Decidiu pegar no seu strider e ir ter com Nurun. Deveria avisa-lo do que se estava a passar, antes de ele ali chegar.
Montando o seu strider, Sagramor virou-se para Nimue e disse:
- “Quero que fiques aqui. Se acontecer alguma coisa chama-me.”
Nimue sentou-se então na estrada, consentindo no que Sagramor lhe dissera. E viu Sagramor desaparecer no pó da estrada.
(Enjoy )