Post by Senslyn on Aug 8, 2005 16:51:54 GMT
Peço desculpa pela demora, sei que jah lah vai mais de um mês mas tava totalmente "incravada"... lololol
Acontece... Kem escreve sabe o k digo
Bem, espero k gostem da reviravolta k vai acontecer, eh um cado drastica, mas enfim... Enjoy
VII
Não muito longe do acampamento, uma dark elfa, tentava concentrar-se. Na tentativa de entrar em contacto com o orc a quem ela tinha dado a missão da sua vida.
Estava relutante quanto ao sucesso da mesma, mas tinha prometido a si mesma, em não desistir enquanto não tentasse tudo o que tivesse ao seu alcance.
Assim era Verónica.
Tinha uma força de espírito fora do comum. Alias, fora essa a razão que levou Lince apaixonar-se loucamente por ela. Ele nunca conhecera alguém tão perseverante e ao mesmo tempo tão meigo, fosse de que raça fosse.
Lince…
Os seus pensamentos teimavam em fugir sempre para o mesmo assunto.
O que não ajudava muito naquele momento, quando tentava a todo custo concentrar-se na mente de Ixilton.
Criara esse laço com ele, quando lhe ensinou a arte da Visão.
Tornaram-se amigos no dia da grande discussão que ela tivera com o Lince, quando o tentava convencer do mal que o perseguia.
Mas toda a sua tentativa fora por agua abaixo, quando Lince se recusou a acreditar na sua visão.
Não sabia porquê, mas não estava a conseguir manter a linha de concentração necessária para o contacto com Ixilton.
A sua mente começou a divagar no dia em que conheceu o próprio Ixilton.
Magoada, Verónica virou costas e largou naquele momento a esperança de voltar a ver Lince com vida de novo.
Ah! Como o odiava tanto por ser um estúpido de um imprudente!
O pior é que não o conseguia odiar de verdade.
Odiava-se antes a ela própria por consentir tal sentimento apoderar-se assim do seu coração, corpo e alma.
Não soube se fora toda a tristeza que trazia acumulada dentro de si em ponto de fusão ou se fora mesmo a Mãe Natureza a brincar com ela. Mas o que aconteceu a seguir a ter deixado Lince foi para ela inexplicável.
O céu ficou tão escuro, escuro e carregado como o seu coração.
Nuvens entraram num turbilhão, num turbilhão de confusão como a sua mente.
Chuva começara a cair sem aviso, como caíam as lágrimas pelo seu rosto.
Parecia que o seu estado de espírito controlava aquela tempestade.
Foi então que sentiu…
Sentiu o enjoo…
A náusea…
Todas as suas forças pareciam terem sido drenadas por uma força mil vezes superior.
Caiu de joelhos no chão e levou instantaneamente os braços à cintura, envolvendo-a com força.
Sentiu-se a um passo da inconsciência, mas lutou com todas as suas forças. A sua mente era poderosa o suficiente para combater o que o seu corpo reconhecia agora como seu.
Tentou pronunciar umas palavras no antigo dialecto elfico. As palavras era uma grande fonte de energia no mundo elfico, mas tinham de ser pronunciadas com o tom certo e com um objectivo. Naquele momento ela estava mais desesperada em perceber o que se passava ao certo do que acertar no tom certo.
De repente a dor…
Uma dor aguda trespassou-lhe o ventre, obrigando-a a deixar soltar um pequeno grito de sofrimento.
Foi então que se apercebeu do que se estava a passar. E o impacto da verdade foi forte demais para ela continuar a luta da sua mente com o seu corpo, caindo na mais profunda inconsciência.
Ela não soube quanto tempo teve inconsciente, mas quando finalmente despertou do sono forçado, deparou-se não numa floresta fria e chuvosa, mas sim numa cabana tosca, não muito grande e sobretudo, o mais básica possível.
Tentou mexer-se, mas o seu corpo parecia dormente.
Havia uma pele de um animal qualquer, que tapava o seu corpo. Mas o cheiro que emanava dela dava-lhe vómitos, e o seu estômago contorceu-se inesperadamente.
- “Vejo que já estás acordada.” – ouviu uma voz grossa e rude, dizer gentilmente.
Procurou pela voz, mas quando se tentara mexer o seu corpo não lhe obedecera.
- “Vais ter de ter calma. Tiveste uma febre muito alta, durante muitos dias. É normal que o teu corpo não esteja nas melhores condições.
- “Quem és tu?” – perguntou Verónica balbuciando.
- “Oh desculpa! Aonde tão as minhas maneiras?!? Chamo-me Ixilton.”
- “O que … aconteceu…?”
- “Tu não devias estar a fazer esforços. Devias aproveitar para descansar. Todo o descanso é importante na fase em que te encontras.” – disse Ixilton, dirigindo-se para a saída da cabana.
- “Fase? Não entendo…” – Verónica ia ficando cada vez mais confusa.
- “Tudo a seu tempo… Tudo a seu tempo… Agora descansa. Volto mais tarde para ver como estás.” – e dizendo isto saiu, deixando Verónica completamente confusa.
Ela não entendia como é que se encontrava ali, nem porque é que o seu corpo não lhe obedecia. Parecia que algo bloqueava a sua percepção A última lembrança que recordava era a enorme discussão que tivera com Lince.
Ao lembrar-se de Lince, sentiu um calor aflorar no seu ventre.
Aos poucos deixou-se vencer pelo cansaço. Estava cansada demais para lutar contra ele, e também tinha medo em descobrir as respostas a todas as suas perguntas naquele momento.
Quando despertou pela segunda vez, já conseguia mexer-se bem.
Com cuidado, sentou-se, e procurou na escuridão da cabana, o desconhecido que a tinha ajudado, mas não conseguia definir nada mais que sombras esbatidas.
- “Ora, olá outra vez.” – cumprimentou-a de novo a voz desconhecida, trazendo consigo uma tocha com fogo que pendurou na parede, iluminando toda a cabana.
- “Ixilton… Certo? – perguntou Verónica.
- “Certo.” – confirmou Ixilton.
- “Eu chamo-me Verónica.”
- “Eu sei.”
- “Sabes? Como?” – perguntou incrédula Verónica.
- “Sei ler mentes. É um fardo ou dom, não sei… Mas usei-o para puder saber o teu nome. Não olhes assim para mim! Juro que apenas procurei pelo teu nome! Mas sinceramente nada tens com que te preocupares. Como mago, sei exactamente quais são os meus limites.” – confessou Ixilton.
- “É raro ver-se orcs magos por estas zonas…” – disse Verónica, enquanto procurava uma posição mais confortável. O seu corpo ainda continuava dorido.
- “Tens razão. Mas foi aqui que as pistas me trouxeram.”
- “Pistas???” – perguntou Verónica.
- “Sim. Treinei muito para um dia mais tarde poder prestar os meus serviços num clan honrado e corajoso. O Clan Lusitanos é o meu objectivo. Há semanas que sigo o seu trilho na tentativa de ser recebido no seu seio, mas parece que eles estão sempre um passo à frente de mim. Ouvi dizer em Aden que eles estavam em missão, devido à recente aliança com o Clan Grievers. – disse Ixilton.
Sentiu a raiva apoderar-se dela. Como é que era possível que o seu caminho se cruzasse de novo com alguém que também desejava pertencer ao clan Lusitanos…
Seria sorte ou mesmo mau karma??? Apenas suspirou longamente e fechou os olhos.
- “Estás bem? Se calhar não devia estar já a puxar por ti. Afinal a tua situação é bastante delicada. Tiveste quase a perder o teu filho.” – disse Ixilton suspirando.
Filho?
Foi então que num flash de memória, tudo lhe pareceu mais claro.
Memórias afluíram na sua mente mostrando-lhe a verdade em que não queria acreditar.
- “Tu não sabias? Bem Verónica, estás prenha… Isto sendo directo e sem falinhas mansas. A tempestade por que passaste quase te levou a perder o bebé, mas eu encontrei-te a tempo. Fiz os possíveis e consegui salvar os dois. Ai dentro está um ser cheio de força e garra! Como a mãe…Suponho…” – declarou Ixilton.
Ela não queria acreditar que estava mesmo grávida.
O seu estado era de choque, mas lá no fundo, bem no fundo ela conseguiu sentir por momentos um ponto de alegria, que rapidamente se desvaneceu com a lembrança do suposto pai da criança: Lince.
Como é que ela iria trazer ao mundo um filho de alguém que a desprezara, juntamente com o seu amor?
- “Não preciso de ter o dom da Visão como tu o tens, para me aperceber que há um enorme conflito nesse coração. Olha Verónica, tu não precisas de me contar nada. Suponho que o pai dessa criança foi alguém que te magoou muito. Mas não tens o direito de centrar toda essa revolta na criança. Ela não tem culpa, não pediu a ninguém para vir ao mundo. Ela é a vítima no meio disto tudo, lembra-te disso. E lembra-te também que ela foi gerada com amor. Sim, amor!!! Tu não és daquelas para ficar muito quietinha a ser controlada. Se estás prenha foi porque consentiste!” – explicou Ixilton
Ela não sabia o que sentir. Estava tão confusa com tudo aquilo que acabava de absorver que quase desmaiava de novo.
- “Um filho…” – murmurou Verónica.
Abanou a cabeça, na tentativa de parar com aquele desenrolar de lembranças. Não queria pensar em nada que trouxesse à baila o nome de Lince.
E foi então que sentiu. Pela primeira vez, o seu bebé mexera-se. Instantaneamente ela cortou a tentativa da ligação com Ixilton.
Passou a mão, na sua barriga, que já se tornara visível.
Um sorriso floriu nos seus lábios.
Era estranho sentir outra vida dentro de nós. Mas ela amou cada segundo e naquele momento abstraiu-se de tudo. De Lince, de Ixilton, dos Lusitanos.
Apenas acariciou a sua barriga e deixou as lágrimas correrem livremente pelo seu rosto.
Não era seu desejo que aquela criança crescesse sem a figura do pai presente, mas uma coisa prometera a si mesma. A sua mãe, o seu filho iria ter sempre ao seu lado.
Sempre.
Acontece... Kem escreve sabe o k digo
Bem, espero k gostem da reviravolta k vai acontecer, eh um cado drastica, mas enfim... Enjoy
VII
Não muito longe do acampamento, uma dark elfa, tentava concentrar-se. Na tentativa de entrar em contacto com o orc a quem ela tinha dado a missão da sua vida.
Estava relutante quanto ao sucesso da mesma, mas tinha prometido a si mesma, em não desistir enquanto não tentasse tudo o que tivesse ao seu alcance.
Assim era Verónica.
Tinha uma força de espírito fora do comum. Alias, fora essa a razão que levou Lince apaixonar-se loucamente por ela. Ele nunca conhecera alguém tão perseverante e ao mesmo tempo tão meigo, fosse de que raça fosse.
Lince…
Os seus pensamentos teimavam em fugir sempre para o mesmo assunto.
O que não ajudava muito naquele momento, quando tentava a todo custo concentrar-se na mente de Ixilton.
Criara esse laço com ele, quando lhe ensinou a arte da Visão.
Tornaram-se amigos no dia da grande discussão que ela tivera com o Lince, quando o tentava convencer do mal que o perseguia.
Mas toda a sua tentativa fora por agua abaixo, quando Lince se recusou a acreditar na sua visão.
Não sabia porquê, mas não estava a conseguir manter a linha de concentração necessária para o contacto com Ixilton.
A sua mente começou a divagar no dia em que conheceu o próprio Ixilton.
Magoada, Verónica virou costas e largou naquele momento a esperança de voltar a ver Lince com vida de novo.
Ah! Como o odiava tanto por ser um estúpido de um imprudente!
O pior é que não o conseguia odiar de verdade.
Odiava-se antes a ela própria por consentir tal sentimento apoderar-se assim do seu coração, corpo e alma.
Não soube se fora toda a tristeza que trazia acumulada dentro de si em ponto de fusão ou se fora mesmo a Mãe Natureza a brincar com ela. Mas o que aconteceu a seguir a ter deixado Lince foi para ela inexplicável.
O céu ficou tão escuro, escuro e carregado como o seu coração.
Nuvens entraram num turbilhão, num turbilhão de confusão como a sua mente.
Chuva começara a cair sem aviso, como caíam as lágrimas pelo seu rosto.
Parecia que o seu estado de espírito controlava aquela tempestade.
Foi então que sentiu…
Sentiu o enjoo…
A náusea…
Todas as suas forças pareciam terem sido drenadas por uma força mil vezes superior.
Caiu de joelhos no chão e levou instantaneamente os braços à cintura, envolvendo-a com força.
Sentiu-se a um passo da inconsciência, mas lutou com todas as suas forças. A sua mente era poderosa o suficiente para combater o que o seu corpo reconhecia agora como seu.
Tentou pronunciar umas palavras no antigo dialecto elfico. As palavras era uma grande fonte de energia no mundo elfico, mas tinham de ser pronunciadas com o tom certo e com um objectivo. Naquele momento ela estava mais desesperada em perceber o que se passava ao certo do que acertar no tom certo.
De repente a dor…
Uma dor aguda trespassou-lhe o ventre, obrigando-a a deixar soltar um pequeno grito de sofrimento.
Foi então que se apercebeu do que se estava a passar. E o impacto da verdade foi forte demais para ela continuar a luta da sua mente com o seu corpo, caindo na mais profunda inconsciência.
Ela não soube quanto tempo teve inconsciente, mas quando finalmente despertou do sono forçado, deparou-se não numa floresta fria e chuvosa, mas sim numa cabana tosca, não muito grande e sobretudo, o mais básica possível.
Tentou mexer-se, mas o seu corpo parecia dormente.
Havia uma pele de um animal qualquer, que tapava o seu corpo. Mas o cheiro que emanava dela dava-lhe vómitos, e o seu estômago contorceu-se inesperadamente.
- “Vejo que já estás acordada.” – ouviu uma voz grossa e rude, dizer gentilmente.
Procurou pela voz, mas quando se tentara mexer o seu corpo não lhe obedecera.
- “Vais ter de ter calma. Tiveste uma febre muito alta, durante muitos dias. É normal que o teu corpo não esteja nas melhores condições.
- “Quem és tu?” – perguntou Verónica balbuciando.
- “Oh desculpa! Aonde tão as minhas maneiras?!? Chamo-me Ixilton.”
- “O que … aconteceu…?”
- “Tu não devias estar a fazer esforços. Devias aproveitar para descansar. Todo o descanso é importante na fase em que te encontras.” – disse Ixilton, dirigindo-se para a saída da cabana.
- “Fase? Não entendo…” – Verónica ia ficando cada vez mais confusa.
- “Tudo a seu tempo… Tudo a seu tempo… Agora descansa. Volto mais tarde para ver como estás.” – e dizendo isto saiu, deixando Verónica completamente confusa.
Ela não entendia como é que se encontrava ali, nem porque é que o seu corpo não lhe obedecia. Parecia que algo bloqueava a sua percepção A última lembrança que recordava era a enorme discussão que tivera com Lince.
Ao lembrar-se de Lince, sentiu um calor aflorar no seu ventre.
Aos poucos deixou-se vencer pelo cansaço. Estava cansada demais para lutar contra ele, e também tinha medo em descobrir as respostas a todas as suas perguntas naquele momento.
Quando despertou pela segunda vez, já conseguia mexer-se bem.
Com cuidado, sentou-se, e procurou na escuridão da cabana, o desconhecido que a tinha ajudado, mas não conseguia definir nada mais que sombras esbatidas.
- “Ora, olá outra vez.” – cumprimentou-a de novo a voz desconhecida, trazendo consigo uma tocha com fogo que pendurou na parede, iluminando toda a cabana.
- “Ixilton… Certo? – perguntou Verónica.
- “Certo.” – confirmou Ixilton.
- “Eu chamo-me Verónica.”
- “Eu sei.”
- “Sabes? Como?” – perguntou incrédula Verónica.
- “Sei ler mentes. É um fardo ou dom, não sei… Mas usei-o para puder saber o teu nome. Não olhes assim para mim! Juro que apenas procurei pelo teu nome! Mas sinceramente nada tens com que te preocupares. Como mago, sei exactamente quais são os meus limites.” – confessou Ixilton.
- “É raro ver-se orcs magos por estas zonas…” – disse Verónica, enquanto procurava uma posição mais confortável. O seu corpo ainda continuava dorido.
- “Tens razão. Mas foi aqui que as pistas me trouxeram.”
- “Pistas???” – perguntou Verónica.
- “Sim. Treinei muito para um dia mais tarde poder prestar os meus serviços num clan honrado e corajoso. O Clan Lusitanos é o meu objectivo. Há semanas que sigo o seu trilho na tentativa de ser recebido no seu seio, mas parece que eles estão sempre um passo à frente de mim. Ouvi dizer em Aden que eles estavam em missão, devido à recente aliança com o Clan Grievers. – disse Ixilton.
Sentiu a raiva apoderar-se dela. Como é que era possível que o seu caminho se cruzasse de novo com alguém que também desejava pertencer ao clan Lusitanos…
Seria sorte ou mesmo mau karma??? Apenas suspirou longamente e fechou os olhos.
- “Estás bem? Se calhar não devia estar já a puxar por ti. Afinal a tua situação é bastante delicada. Tiveste quase a perder o teu filho.” – disse Ixilton suspirando.
Filho?
Foi então que num flash de memória, tudo lhe pareceu mais claro.
Memórias afluíram na sua mente mostrando-lhe a verdade em que não queria acreditar.
- “Tu não sabias? Bem Verónica, estás prenha… Isto sendo directo e sem falinhas mansas. A tempestade por que passaste quase te levou a perder o bebé, mas eu encontrei-te a tempo. Fiz os possíveis e consegui salvar os dois. Ai dentro está um ser cheio de força e garra! Como a mãe…Suponho…” – declarou Ixilton.
Ela não queria acreditar que estava mesmo grávida.
O seu estado era de choque, mas lá no fundo, bem no fundo ela conseguiu sentir por momentos um ponto de alegria, que rapidamente se desvaneceu com a lembrança do suposto pai da criança: Lince.
Como é que ela iria trazer ao mundo um filho de alguém que a desprezara, juntamente com o seu amor?
- “Não preciso de ter o dom da Visão como tu o tens, para me aperceber que há um enorme conflito nesse coração. Olha Verónica, tu não precisas de me contar nada. Suponho que o pai dessa criança foi alguém que te magoou muito. Mas não tens o direito de centrar toda essa revolta na criança. Ela não tem culpa, não pediu a ninguém para vir ao mundo. Ela é a vítima no meio disto tudo, lembra-te disso. E lembra-te também que ela foi gerada com amor. Sim, amor!!! Tu não és daquelas para ficar muito quietinha a ser controlada. Se estás prenha foi porque consentiste!” – explicou Ixilton
Ela não sabia o que sentir. Estava tão confusa com tudo aquilo que acabava de absorver que quase desmaiava de novo.
- “Um filho…” – murmurou Verónica.
Abanou a cabeça, na tentativa de parar com aquele desenrolar de lembranças. Não queria pensar em nada que trouxesse à baila o nome de Lince.
E foi então que sentiu. Pela primeira vez, o seu bebé mexera-se. Instantaneamente ela cortou a tentativa da ligação com Ixilton.
Passou a mão, na sua barriga, que já se tornara visível.
Um sorriso floriu nos seus lábios.
Era estranho sentir outra vida dentro de nós. Mas ela amou cada segundo e naquele momento abstraiu-se de tudo. De Lince, de Ixilton, dos Lusitanos.
Apenas acariciou a sua barriga e deixou as lágrimas correrem livremente pelo seu rosto.
Não era seu desejo que aquela criança crescesse sem a figura do pai presente, mas uma coisa prometera a si mesma. A sua mãe, o seu filho iria ter sempre ao seu lado.
Sempre.